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Istambul: Sultanahmet I – O Palácio Topkapi

Os lugares de interesse mais importantes de Istambul estão localizados na região de Sultanahmet, bem no centro histórico da cidade. Foi aqui, no coração de Istambul, que os palácios dos imperadores foram sendo construídos durante o império Romano e os períodos Bizantino e Otomano. As maiores igrejas, as mesquitas mais gloriosas e alguns dos melhores museus de Istambul também se situam nesta área.

Vista aérea de Sultanahmet

Vista aérea de Sultanahmet

De modo a visitar pormenorizadamente algumas das melhores atracções de Istambul, como o museu de Hagia Sophia, os Museus Arqueológicos ou o Palácio Topkapi, deverá dedicar alguns dos seus dias de visita apenas e só a esta área da cidade. Vamos começar pelo Palácio Topkapi.

Vista geral do Palácio Topkapi, D.R.

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Chegando à entrada principal do Topkapi

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Imediações do Palácio Topkapi

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Entrada para o segundo pátio, portão Imperial

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Palácio Topkapi, um dos pátios interiores, portão da Saudação

O Palácio Topkapi

Localizado numa das sete colinas de Istambul, o Palácio Topkapi é seguramente o lugar histórico mais importante a visitar em toda a cidade. O local, que é igualmente um museu, é um dos mais visitados na Europa e o mais visitado na Turquia excedendo em média os 3 milhões de visitantes por ano. Circundado por muralhas, o palácio tem cerca de 5 quilómetros de extensão e uma área total duas vezes maior do que a do Vaticano. O nome actual do palácio vem dos enormes canhões localizados nos seus portões e não foi o escolhido inicialmente pelo sultão otomano que o mandou edificar em 1475, após a conquista de Istambul pelos turcos em 1453.

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Vista sobre o Corno de Ouro e Uskudar desde o Topkapi

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Corno de Ouro

Um total de 28 torres protegiam as cerca de 5 mil pessoas que viviam intra-muros, desde membros da família real, classes dirigentes, altos dignatários, soldados, criados, entre outros. Os edifícios originais foram sucumbindo ao longo dos tempos, tendo sido restaurados mais tarde. O processo explica assim a manifestação de diferentes estilos arquitectónicos no interior do Topkapi. Este é, na verdade, constituído por duas partes: uma primeira, o Enderun, era o local onde vivia o sultão e os membros da dinastia; a outra, o Birun, era o local onde residiam os importantes empregados civis que executavam todo o tipo de tarefas.

Uma visita guiada ao palácio começa forçosamente pela entrada principal onde é possível adentrar para um grande e vasto pátio. O primeiro pátio. Do lado direito deste pátio está a esquadra da polícia, as residências dos empregados do palácio, a padaria do palácio, as ruínas de um hospital e, por fim, o mar de Mármara. Do lado esquerdo está, entre outros edifícios, o do Museu Arqueológico de Istambul. Passando para lá deste primeiro pátio, damos com uma segunda porta principal. E com um novo pátio. É a partir deste que a verdadeira visita ao Topkapi começa.

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Tulipas e visitantes no primeiro pátio

  • As cozinhas e a coleção de porcelana

Localizadas na ala direita deste segundo pátio, as cozinhas eram o local onde trabalhavam mais de 1200 pessoas, 25 por cento da força laboral existente na altura no palácio. Aqui também ficavam os dormitórios dos empregados, a mesquita os banhos e a despensa. Cada uma das dez salas que formavam o edifício da cozinha era utilizado para cozinhar para pessoas de diferentes estatutos sociais. Todos os dias eram ali preparadas em média cerca de 20 mil refeições.

Pátio e cozinhas, à direita, D.R.

Cozinhas do palácio, D.R.

Grande parte deste complexo de cozinhas alberga a terceira maior coleção de porcelana em todo o mundo, constituída por mais de 12 mil peças únicas. Apenas um quarto do espólio está em exposição. As peças estão dispostas cronologicamente, começando na chinesa Dinastia Tang (sécs. VII a X) e terminando em porcelanas europeias produzidas nos sécs. XVIII e XIX. Há ainda enormes caldeirões e utensílios de cozinha otomanos em exposição, bem como objectos feitos de vidro produzidos em Istambul e presentes em prata oferecidos ao palácio.

Porcelana chinesa, D.R.

  • O Harem

O Harem era o local onde o sultão vivia com a sua família. Se no início o Harem era apenas um conjunto de edifícios em madeira sem grande significado, mais tarde este deu lugar a um grande complexo de edifícios com cerca de 300 quartos, apenas uma parte dos quais aberta a visitação hoje em dia. Para realizar essa visita, tem de estar integrado num tour guiado.

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Pátio dos Eunucos

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Harem, interior

O harem estava totalmente isolado do mundo exterior e a entrada era apenas permitida a parentes mais próximos do sultão e a todos aqueles que trabalhavam no seu interior. Não muçulmanos não tinham hipótese de lá entrar obviamente. Alguns sultões tinham relações com 4 mulheres, outros com centenas. Todas elas viviam no harem numa atmosfera competitiva, uma vez que todas queriam dar à luz o primeiro filho do sultão, tornando-se assim a sua preferida entre todas as restantes. Era a única forma de garantirem o seu futuro.

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Pátio das concubinas

Hall imperial, no Harem, D.R.

O Harem é composto por três largos pátios e pelos quartos dispostos à sua volta. Estes pertenciam à Rainha-Mãe, às mulheres do sultão, ao príncipe herdeiro, às concubinas e aos Eunucos negros, homens fortes tornados cativos durante as guerras imperiais em África, responsáveis por proteger o Harem. A visita guiada ao local leva-o a ver os quartos dos Eunucos, o Pátio dos Azulejos, a Escola do Príncipe Herdeiro, o Pátio das Mulheres do Sultão, os quartos, a cama da Rainha-Mãe, o quarto do sultão, a sala dos banhos turcos, entre várias outros.

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Mais um pátio interior no Harem, desta vez da Rainha-Mãe

O Tesouro do Império

O tesouro imperial adquirido durante a época Otomana está espalhado desde o século XVII por um vasto conjunto de edifícios tendo sido aberto à visitação do público no séc. XIX. A maioria destas obras de arte, de excepcional valor e maestria, revelam a riqueza deste império e são o resultado   do trabalho dos mestres de joalharia do palácio Topkapi.

Salas do Tesouro Imperial, D.R.

Há um trono em cada sala do tesouro. Na primeira, o trono é feito de ébano e incrustado em marfim. Nesta sala, além do trono, é possível ver, entre outros artefactos, uma bengala decorada com variadas gemas, um presente do imperador alemão Wilhelm II. Já o trono exposto na segunda sala é um trono coberto pertencente ao sultão Ahmet I. Aqui o destaque recai sobre a famosa adaga de Topkapi.

Tesouros, D.R.

Adaga de Topkapi, D.R.

Na terceira sala, o trono exposto é de madeira de nogueira coberta de placas de ouro. Nesta sala, sobressai ainda a famosa colher de diamantes e os candelabros de ouro feitos para o túmulo do profeta Maomé, cada um deles decorados com 6666 diamantes. Na última sala, há um novo trono coberto com placas de ouro e decorado com 25 mil pérolas. A riqueza dos detalhes é impressionante. Se houver tempo, não perca também a coleção de caligrafia e de pintura e a de relógios, ambas próximas da coleção de Tesouros imperiais. A primeira tem, por exemplo, cópias famosas de retratos dos sultões otomanos, enquanto a segunda tem expostos diversos relógios dos sécs. XVI a XX.

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Relógios em exposição, imagem desfocada I

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Relógios em exposição, imagem desfocada II

As Relíquias Sagradas

Ao lado da coleção dos relógios fica a sala das Relíquias Sagradas, uma das três maiores e mais valiosas coleções do Topkapi. São na verdade duas as salas onde estão expostas as várias relíquias sagradas. Na primeira estão expostas fechaduras, chaves e as espadas de quatro califas. Na segunda, há um expositor com os pertences do profeta Maomé: o seu casaco, a espada, a bandeira, o seu arco e flecha, uma pegada, um dente, pêlo da sua barba e uma carta.

Pegada de Maomé, D.R.

Casaco do profeta Maomé, D.R.

Outras salas em destaque

  1. Biblioteca do palácio: construida completamente em mármore, tem expostos cerca de 4 mil manuscritos actualmente;
  2. Pavilhão Sofá e jardim das Tulipas: do interior deste pavilhão, situado no canto do jardim, os sultões admiravam as flores deste elegante espaço verde;
  3. Pavilhão Bagdad: é uma das obras mais elegantes da arquitectura Otomana do séc. XVII com os seus azulejos azuis, cúpula dourada, armários de marfim e carapuça de tartaruga;
  4. Pavilhão Mecidiye: foi o último edifício a ser construído antes de o palácio ser abandonado.

Edifício da biblioteca, D.R.

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Pavilhão Sofá, interior

Pavilhão Bagdad

Pavilhão Bagdad

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Pavilhão Bagdad, interior, repleto de bonitos azulejos azuis

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Vistas da cidade junto do pavilhão Bagdad

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Terraço e jardins, junto do pavilhão Bagdad

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Quiosque junto ao pavilhão Bagdad

Informações úteis:

  • Aberto diariamente, à excepção das Terças-Feiras, das 9 às 16:45h no Inverno;
  • Os bilhetes custam 30 TL. A entrada no Harem é paga à parte e custa mais 15 TL;
  • Não é permitido tirar fotos no interior, nem levar carrinhos de bebe para o interior das salas;
  • É possível comprar audioguias à entrada;
  • Mais informações, aqui.

O palácio real de Aranjuez

O Palácio Real de Aranjuez

O Palácio Real de Aranjuez

O Palácio Real de Verão é o responsável pela vinda diária de milhares de turistas à pequena cidade de Aranjuez, situada a apenas alguns quilómetros de distância de Madrid. Ali, o luxo e a ostentação andam de mãos dadas em todas as suas salas barrocas reflectindo o bom gosto dos seus dois impulsionadores: os reis Fernando VI e Carlos III. O primeiro decidiu acabar a construção do palácio. Já o segundo foi responsável pelo seu aumento. Mas uma passagem pelo palácio deve incluir também uma visita aos seus três quilómetros quadrados de jardins, dispostos em volta de um pavilhão medieval junto de uma represa natural na confluência dos rios Tejo e Jarama. A visita vale a pena e o local é facilmente acessível de comboio desde a estação madrilena de Atocha.

Palácio Real

O palácio actual de Aranjuez foi mandado construir no local de um anterior consumido pelo fogo. Actualmente, a visita guiada leva-nos através de inúmeras salas, das quais se destaca a da Porcelana Chinesa, a dos Espelhos e uma outra, do Fumo, inspirada no Alhambra, localizado em Granada. Juan Bautista de Toledo e Juan de Herrera desenharam o edifício do palácio obedecendo a um estilo classicista após encomenda do rei Felipe II. Os trabalhos ficaram-se nessa altura pela metade, tendo sido posteriormente continuados nos reinados de Felipe V e de Fernando VI. O projecto original manteve-se por pouco tempo, uma vez que Carlos III mandou acrescentar duas novas alas ao edifício. Infelizmente, não é permitido fotografar o interior do palácio pelo que esta entrada no blogue será ‘pobre’ nesse aspecto.

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Palácio Real de Aranjuez

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Palácio Real de Aranjuez

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Palácio Real de Aranjuez

Os jardins

Deve-se igualmente a Felipe II a quase totalidade dos três quilómetros de jardins existentes ao redor do palácio real. Da sua altura, século XVI, conservam-se o jardim da Ilha e o jardim do Rei. A decoração de ambos, principalmente as fontes hoje ali existentes, deve-se por seu lado ao rei Felipe IV. Já o jardim do Príncipe, do século XVIII, está decorado com fontes e árvores das Américas.

Os jardins

Os jardins

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Os jardins II

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Os jardins III

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Os jardins IV

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Os jardins V

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Os jardins VI

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Os jardins VII

A Real Casa del Labrador

Situada na extremidade dos jardins, a Real Casa del Labrador é um pavilhão ricamente decorado construído por Carlos IV. O exterior modesto contrasta com a magnificência do interior. Os têxteis ali existentes são de particular interesse.

Informações úteis:

  • Como chegar:

Desde a estação de Atocha, em Madrid, basta apanhar o comboio Cercanias (C3) que o levará diretamente até à cidade de Aranjuez. A tarifa ida e volta é de aproximadamente 5 euros. Dali até ao palácio real são cerca de 20 minutos a pé. Basta seguir as indicações no local.

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Estação de Aranjuez

  • Preços e horários de funcionamento:

No Verão das 10h às 20h. No Inverno, que começa em Outubro, o palácio fecha duas horas mais cedo. O bilhete custa 9 euros. Mais informações aqui.

A cidade alta de Cuenca

A cidade de Cuenca

A cidade de Cuenca

Vistas de Cuenca

Vistas de Cuenca

Vistas de Cuenca

Vistas de Cuenca

A consagração de Cuenca como cidade Património Mundial da Unesco

A consagração de Cuenca como cidade Património Mundial da Unesco

Situada quase no centro da Península Ibérica, Cuenca destaca-se pela excepcional fusão do seu espaço arquitectónico com a natureza que a envolve. Na verdade, a cidade de Cuenca encontra-se dividida em duas: a cidade baixa, de cariz mais moderno e sem muitos atractivos na minha opinião, e a cidade alta, de aspecto puramente medieval. É ali que o aglomerado urbano original de Cuenca brota do topo de um imenso desfiladeiro esculpido ao longo dos tempos pela ação dos rios Huécar e Júcar, revelando paisagens exuberantes e únicas. Esta harmonia perfeita valeu a Cuenca a declaração de cidade Património Mundial da Humanidade pela Unesco em Dezembro de 1996. É por isto que a viagem de ida e de volta desde Madrid, só possível em comboio de alta velocidade, vai valer e muito a pena. Se ainda não está convencido, veja bem as explicações e imagens de perder o fôlego que se seguem.

Plaza Mayor e Ayuntamiento

A Plaza Mayor fica bem no centro da cidade alta e é um bom ponto de partida para explorar a zona medieval de Cuenca. A praça está rodeada pela Catedral, pela Câmara Municipal (o Ayuntamiento) e pelo Convento de las Petras. Antes de observar o edifício da autarquia, repare bem nas cores coloridas das fachadas das casas dispostas ao redor da plaza, assim como nos múltiplos varandins em madeira de cariz medieval puro. O edifício actual do Ayuntamento destaca-se assim do conjunto restante não só devido à sua fachada barroca, projectada em 1733 e construída anos mais tarde, mas também por estar assente em três altos arcos, uma solução que permite hoje em dia ligar a baixa e a alta Cuenca, viabilizando a circulação viária e pedonal entre ambas. Num dos restaurantes ali existentes poderá ainda provar uma das iguarias da cidade, as chuletillas de cordero a la brasa.

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Entrada na Plaza Mayor

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Plaza Mayor

Fachada do Ayuntamiento

Fachada do Ayuntamiento

Chuletas de cordero

Chuletas de cordero

Catedral (Tesouro Catedralício, Palácio Episcopal e Museu Diocesano)

A catedral foi o primeiro edifício a ser construído após a conquista da cidade, no lugar onde antigamente estava uma alcáçova muçulmana, em finais do século XII. O edifício tem traços românicos e góticos reflectindo bem as tendências da época em que foi edificado. A planta da igreja obedece ao desenho de uma cruz latina, com três naves e uma série de capelas, todas elas construídas séculos mais tarde. De entre elas destacam-se a dos Apóstolos, Espírito Santo e Cavaleiros. Passe também no Tesouro Catedralício, de pequenas dimensões se comparado a outros, mas repleto de obras importantes, designadamente de Martín Gomez el Viejo, Pedro de Mena, entre outros. Num edifício anexo ao da catedral, ergue-se o Palácio Episcopal, cuja construção se iniciou no século XIII, prolongando-se pelos seguintes. Sobre a porta da fachada é possível ver o escudo do bispo que patrocinou a sua construção, Flores Osório. Se tiver tempo, passe ainda pelo Museu Diocesano. Situado no nº 3 da calle Obispo Valero, o museu tem obras religiosas de todo o tipo, desde pinturas várias a retábulos. É ali que se poderá ver a imagem de San Julián, patrono da cidade.

Catedral de Cuenca

Catedral de Cuenca

Casas Colgadas (Museu Espanhol de Arte Abstracta)

As Casas Colgadas são os edifícios mais emblemáticos e conhecidos de Cuenca. A sua notoriedade deve-se essencialmente a dois factores: o primeiro deriva da sua própria construção, bem em cima de um precipício gigantesco. Ali, as vistas sobre o rio Huécar são excepcionais. Para se ter uma percepção, os varandins medievais em madeira das Casas Colgadas estão literalmente suspensos no ar, a largas dezenas de metros de altura do rio que corre bem lá em baixo. Já o segundo factor deriva do facto de ser ali que está sedeado o Museu Espanhol de Arte Abstracta, onde se encontram obras dos mais representativos artistas espanhóis do movimento: Tapiès, Rueda, Torner, entre outros. Ainda se desconhece, passados tantos anos, se as Casas Colgadas são de origem medieval ou muçulmana. A visita é obrigatória.

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Casas Colgadas

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Vista de longe das Casas Colgadas, junto a um enorme precipício

Ponte e Convento de San Pablo (Espaço Torner)

A ponte de San Pablo, construída em ferro e madeira, liga o desfiladeiro onde estão as Casas Colgadas e toda a restante cidade alta de Cuenca a um outro, onde é possível ver o mais importante convento da cidade. Actualmente, o convento de San Pablo funciona como Parador Nacional de Turismo. A igreja localizada no seu interior é de estilo gótico, embora, mais uma vez, haja resquícios de Barroco e, até mesmo, de Rococó. É neste espaço que estão actualmente expostas as obras de diferentes épocas do escultor e pintor Gustavo Torner.

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Ponte de San Pablo com a alta Cuenca à frente

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Vista geral desde a ponte de San Pablo

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Fachada do Convento de San Pablo

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Parador turístico

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Convento de San Pablo

Passeio pela Senda del Hocino de Federico Muelas

A visita a Cuenca não ficaria completa se não aproveitasse as rotas turísticas que foram sendo criadas em torno do desfiladeiro onde se ergue a cidade alta. Uma das mais populares, pela natureza que a cerca, é a que parte da ponte de San Pablo e o deixa no bairro do Castelo, no topo da cidade alta. Caminhe devagarinho, pare quantas vezes quiser e fotografe sem se preocupar demasiado com as horas. De uma ponta à outra do passeio pela Senda del Hocino de Federico Muelas, assim é o nome da rota, estima-se que sejam necessários pelo menos 50 minutos. Depois de recuperar o fôlego, perca-se de novo no aglomerado urbano medieval. Veja as muralhas que ainda subsistem do antigo castelo, atravesse o arco del Bezudo e pare no Convento de las Carmelitas Descalzas. Se ainda aguentar mais, tire um tempo e visite a Fundación António Pérez, localizada no seu interior. Aqui poderá ver muitas obras coleccionadas pelo editor e artista ao longo de vários anos, desde pinturas, esculturas, livros, entre outros.

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Vistas deslumbrantes I

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Vistas deslumbrantes II

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Quase a chegar ao topo da cidade alta de Cuenca, bairro do Castelo

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Vista sobre o parador turístico

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Vistas deslumbrantes III

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Arco de Bezudo

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Muralhas que ainda permanecem

Igreja de San Pedro

A seguir à Catedral, a igreja de San Pedro é a mais importante de Cuenca. Construída sobre os restos de uma antiga mesquita, a igreja destaca-se pela originalidade da sua planta octogonal. A actual igreja é do século XVIII e está aberta a visitas turísticas.

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Iglesia de San Pedro

Bajada a las Angustias

O nome só por si já é sugestivo. Partindo da Igreja de San Pedro, siga as indicações da Ronda del Júcar e desça às Angústias. Não consegui compreender bem ainda de onde provém o nome, mas posso adiantar que a descida vale e bem a pena. Não me senti nada angustiado, nem mesmo tendo de encarar os degraus íngremes da subida até à plaza de San Nicolás. Nas Angústias é possível contemplar em quase toda a sua plenitude o rio Júcar, as praias artificiais da outra margem, o conjunto montanhoso local e a totalidade do desfiladeiro onde a cidade se ergue. Se tiver tempo, veja o Convento de Franciscanos Descalzos (fechado durante a minha visita à cidade) e a Ermida da Virgen de las Angustias.

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Bajada a las Angustias

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Sempre a descer

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Ermida de la Virgen de las Angustias

Convento de Franciscanos Descalzos

Convento de Franciscanos Descalzos

Casa Zavala (Fundación Antonio Saura)

Localizada na antiga Casa Zavala, em plena plaza de San Nicolás, a Fundación Antonio Saura difunde actualmente obras do artista aragonês falecido em 1998. No total, são mais de 500 metros quadrados de exposição distribuídos ao longo de várias salas, onde se podem apreciar obras como ‘Moi’, ‘La Muerte y Nada’, ‘Autos de Fé’, entre outras. Escrituras, arquivos documentais e fotografias tiradas pelo artista complementam a visita. Saindo da antiga casa Zavala, aprecie ainda a igreja de San Nicolás, situada na praça com o mesmo nome.

Torre de Mangana

Além das Casas Colgadas, também a Torre de Mangana é outro dos edifícios emblemáticos de Cuenca. A subida à torre, que está localizada numa praça com o seu nome, é imprescindível para ver na quase plenitude a cidade baixa e toda a sua modernidade. A torre é um edifício do século XVI, restaurado na sua plenitude no século passado. Na praça de Mangana é possível ainda admirar o ‘Monumento à Constituição’, criado pelo artista Gustavo Torner.

Torre de Mangana

Torre de Mangana

Informações úteis:

  • Como ir: Da estação de Puerta de Atocha, em Madrid, basta apanhar o comboio de alta velocidade (AVE) e sair na estação de Cuenca Fernando Zobel. A viagem feita em alta velocidade dura quase uma hora e o preço de ida e de volta são cerca de 30 euros. Chegado a Cuenca, há um mini-autocarro que o transporta até ao topo da cidade alta.
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Estação de alta velocidade em Cuenca

Comboio de alta velocidade

Comboio de alta velocidade

  • Horários e dias de funcionamento:
  1. Ayuntamiento: mais informações aqui;
  2. Catedral de Cuenca: sobre horários e preços de entrada, ver mais informações aqui;
  3. Casas Colgadas (Museu Espanhol de Arte Abstracta): informações aqui;
  4. Convento de San Pablo (Parador Turístico): site oficial aqui;
  5. Iglesia de San Pedro: para consultar horários, aqui;
  6. Fundación Antonio Saura: para mais informações, ver site oficial aqui.

Toledo, por detrás da muralha

Vista de Toledo

Vista de Toledo

A velha muralha

A velha muralha

Recuerdos de Toledo

Recuerdos de Toledo

El Greco, em Toledo

El Greco, em Toledo

Por detrás da velha muralha que delimita bem o centro histórico de Toledo esconde-se muita da riqueza e história da cidade. Uma história que se inicia bem no auge do Império Romano e que continua com os Visigodos, que chegaram a fazer de Toledo a sua capital. As muitas igrejas que foram nascendo na cidade ao longo do século VI d.C. são o melhor testemunho da sua passagem. A imponente catedral de estilo gótico viria a nascer, por sua vez, na Idade Média, período em que as culturas cristã, maometana e judaica já por ali conviviam pacificamente. Seduzido por toda esta multiculturalidade, o famoso artista El Greco, que para Toledo veio a trabalho, não mais sairia da cidade até à data da sua morte. Apaixonou-se. Por esse motivo, grande parte das suas obras foram ali ficando até aos dias de hoje. Muitas delas estão inclusive em exposição numa casa-museu aberta ao público todos os dias. Estes são apenas alguns dos motivos que o devem levar a perder-se no bem preservado centro histórico de Toledo, cuja vista deslumbrante resulta da localização privilegiada numa colina sobranceira ao rio Tejo. Eu já realizei o passeio e recomendo, apesar de o dia ter sido longo. Por isso, que tal aproveitar a curta distância de Madrid e os ótimos transportes públicos e repetir a experiência? Se ainda não ficou convencido, é favor ler o resto deste post.

Praça de Zocodover
Se vem de Madrid, a visita a Toledo vai iniciar-se e provavelmente acabar na Plaza de Zocodover. É ali que param os autocarros (ônibus) que trazem os turistas da estação de comboio (trém) de Toledo. O nome daquela que ainda é a praça principal da cidade deriva do mercado dos tempos mouriscos. Aproveite para comer uns churros e beber um chocolate quente enquanto apanha sol numa das esplanadas dos cafés que enchem a praça. Além do principal posto de turismo estar ali localizado, a plaza de Zocodover também tem imensas lojas de recuerdos, bem como de outras especialidades, designadamente o mazapan.

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Plaza de Zocodover

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O famoso Mazapan de Toledo

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Churros e chocolate quente

Museu de Santa Cruz
O principal museu da cidade está instalado num velho hospital que data do século XVI e contém importantes colecções de tapeçarias, assim como esculturas medievais e renascentistas. Além de uma outra importante colecção mais relacionada com cerâmica, destacam-se ainda obras de pintura toledana dos séculos XVI e XVII, de onde sobressaem os famosos quadros de El Greco. ‘A Assunção’, de 1613, é o melhor exemplar da obra do artista existente no museu. O edifício onde o próprio museu está instalado também se destaca graças a algumas características notáveis da sua arquitectura renascentista, possíveis de ver no pórtico principal, na escadaria e no claustro.

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Fachada do Museu de Santa Cruz

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O claustro

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A escadaria

Pinturas, museu de Santa Cruz

Pinturas, museu de Santa Cruz

Aspecto geral do interior do museu

Aspecto geral do interior do museu

‘A Assunção’, de El Greco, Museu de Santa Cruz, Toledo D.R.

Alcázar
O Alcázar é o edifício mais emblemático de Toledo. Concebido em pleno período hispano-muçulmano, o palácio fortificado de Carlos I foi erguido no local de antigas fortalezas romanas, visigóticas e islâmicas. Actualmente, o Alcázar alberga o Museu do Exército e a Biblioteca Regional de Castilla-la-Mancha. Durante a minha visita à cidade, o museu estava a ser transferido de Madrid. Já a visita à biblioteca, que contém mais de cem mil livros dos sécs. XVI ao XIX e mil manuscritos do séc. XI ao XIXI, sempre se manteve possível.

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O Alcázar, visto do Museu de Santa Cruz

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Biblioteca, Alcázar

Catedral
Se o Alcázar é o edificio mais emblemático de Toledo, a catedral gótica deve ser o mais esplendoroso e aquele que domina o perfil da cidade. A sua construção começou em 1226 e prolongou-se pelos três séculos seguintes até à conclusão das últimas abóbodas em 1493. Talvez isso justifique a mistura de estilos arquitectónicos que hoje poderão ser ali reconhecidos, nomeadamente o puro gótico francês, de que os arcobotantes no exterior são o melhor exemplo, e diversos estilos decorativos espanhóis, como o mudéjar no interior. Durante a visita, não pode deixar de ver a sala do Tesouro (de onde se destaca o ostensório gótico de prata e de ouro, a medir mais de 3 metros de altura, que ainda é levado pelas ruas da cidade durante as celebrações do Corpus Christi), a sala capitular (nem que seja para admirar o espectacular tecto mudéjar), a sacristia (onde poderá tomar contacto, de novo, com obras de El Greco e de, por exemplo, Goya), o coro (que tem figuras do Antigo Testamento e mostra cenas da queda de Granada) e por fim a Capela Maior, repleta de pequenas capelas e de onde se destaca o Transparente, um retábulo barroco, de mármore e bronze que sobressai no interior de predominância gótica. É imprescindível a subida até à torre da catedral, o parador, se quer obter a melhor vista de todo o edifício e também de Toledo.

Fachada da catedral gótica de Toledo

Fachada da catedral gótica de Toledo

Uma das entradas na catedral

Uma das entradas na catedral

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Capela maior

Uma das muitas capelas no interior da caedral

Uma das muitas capelas no interior da caedral

O coro

O coro

O ostensório

O ostensório

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Subida à catedral

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No parador, com vista para o Ayuntamiento de Toledo

Igreja de Santo Tomé
Se é fã de El Greco, vai ter de visitar esta igreja. É aqui que está a obra-maestra do artista: ‘O enterro do conde de Orgaz’. Este foi o grande mecenas da igreja e pagou grande parte do edifício do século XIV que hoje é possível ver. Destaca-se a magnífica torre mudéjar, um dos melhores exemplos deste estilo arquitectónico em toda a cidade.

Torre mudéjar na Igreja de Santo Tomé

Torre mudéjar na Igreja de Santo Tomé

Casa Museu de El Greco
Mas afinal quem foi El Greco? A resposta que melhor o poderá satisfazer está na casa-museu criada em sua homenagem. Nascido em Creta, Domenikos Theotocopoulos, mais conhecido por El Greco, veio para Toledo em 1577 pintar o retábulo de uma igreja e pela cidade foi ficando até à altura da sua morte, em 1614. Durante os anos em que esteve na cidade, o artista pintou diversos outros quadros religiosos e retábulos para outras igrejas. Não se sabe bem se foi nesta casa-museu que o artista viveu realmente ou numa outra próxima desta, em pleno bairro judeu. Seja como for, esta casa tipicamente toledana é agora um museu repleto de alguns dos mais importantes quadros do artista, nomeadamente o ‘Vista de toledo’ ou a série ‘Cristo e os Apóstolos’. A entrada é paga, embora a partir das 14h de Sábados e aos Domingos seja gratuita.

Casa Museu de El Greco

Casa Museu de El Greco

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Interior Casa Museu de El Greco I

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Interior Casa Museu de El Greco II

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Pátio da Casa Museu de El Greco

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Vista de Toledo desde a Casa Museu de El Greco

‘Vista de Toledo’, El Greco, Casa Museu de El Greco D.R.

Sinagoga de Santa Maria la Blanca

Esta sinagoga é o edifício onde a arte mudéjar na cidade atinge o seu esplendor. É também a mais antiga e a maior das oito sinagogas originais de Toledo, que datam do séc. XIII. A sinagoga passou por um profundo trabalho de restauração que lhe trouxe grande parte da sua beleza inicial. Capitéis de pedra trabalhada e painéis de parede contrastam com arcos brancos e estuques.

Entrada da Sinagoga de Santa Maria de la Blanca

Entrada da Sinagoga de Santa Maria la Blanca

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Tecto da Sinagoga de Santa Maria la Blanca

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Interior da Sinagoga de Santa Maria la Blanca I

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Interior da Sinagoga de Santa Maria la Blanca II

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Interior da Sinagoga de Santa Maria la Blanca III

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Mais um tecto mudéjar na Sinagoga de Santa Maria la Blanca

Mosteiro de San Juan de los Reyes

Mais um exemplar vivo da perfeita mistura de gótico puro com arte mudéjar. O mosteiro foi mandado construir no séc. XV pela realeza para comemorar a vitória contra os portugueses na batalha de Toro. Destacam-se o claustro gótico, com um belo tecto mudéjar multicolorido, o altar-maior e a igreja. Perto desta vê-se ainda um trecho da muralha original do bairro judeu de Toledo.

Fachada do mosteiro

Fachada do mosteiro

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Claustro gótico

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O claustro

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A capela maior do mosteiro

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O tecto mudéjar

Informações úteis:

  • Como chegarÉ fácil chegar a Todelo desde Madrid. Basta apanhar o Avant da Renfe na estação de Atocha e em pouco mais de meia hora está em Toledo. Há comboios diariamente e com uma frequência bastante grande. Chegado à estação de Toledo, basta apanhar o autocarro (linhas 61, 62 e 63) que o levarão bem ao centro da cidade, mais precisamente à praça de Zocodover. Viagem de ida e volta custa, actualmente, 10,30€. Mais informações aqui.
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A estação de comboios de Toledo

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O Avant da Renfe que liga Madrid a Toledo em pouco mais de meia hora

  • Horários e preços dos monumentos a visitar na cidade:
  1. Museu de Santa Cruz: aberto de 3ª a Sábado das 10h às 19h e aos Domingos até às 14:30. 5€ a entrada;
  2. Alcázar: sem informações;
  3. Catedral: aberta das 10h às 18h diariamente. Aos domingos abre apenas às 14h. Visita completa à catedral e museus custa 11€.
  4. Igreja de Santo Tomé: entradas diárias das 10h às 18:45. 2,5€ a entrada;
  5. Casa-museu de El Greco: para ver horários consultar site oficial. Entrada custa 5€ e inclui também visita a Museu Sefardí;
  6. Sinagoga Santa Maria la Blanca: visitas no Verão das 10h às 18.45. Entrada 2,5€;
  7. Monasterio San Juan de los Reyes: sem informações.

Três passeios imperdíveis no Porto

Há 3 passeios inesquecíveis que é possível realizar durante uma estadia de 3 ou 4 dias no Porto. E é muito fácil aceder às três: basta adquirir, por 20 Euros, um bilhete de dois dias no autocarro turístico Hop-On Hop-Off. O bilhete possibilita ao turista, não só entrar e sair num sem fim de paragens mais ou menos colocadas estrategicamente junto dos principais monumentos ou artérias da cidade e de chapa, como ainda permite fazer um cruzeiro pelo Douro e degustar vinhos do Porto numa das casas típicas produtoras da região, em Vila Nova de Gaia.

1) Hop On, Hop Off

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O autocarro turístico

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Praxes académicas na Avenida dos Aliados

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Casa típicas na cidade

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Eléctricos locais

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Capela em frente à Faculdade do Porto

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Casa da Música

Na verdade, o Hop-On Hop-Off é uma das maneiras mais rápidas de passar por todos os ex-libris da Invicta. E são dois os circuitos. Pode fazer o circuito vermelho apanhando o autocarro junto à Avenida dos Aliados ou, então, no Mercado do Bolhão. Isto, obviamente, são duas sugestões de paragens porque é nas suas imediações que a maior parte dos turistas fica instalada.

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Avenida dos Aliados

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Avenida dos Aliados

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Junto ao Castelo do Queijo

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Forte de São João da Foz

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Zona ribeirinha do Porto

O circuito vermelho passa em seguida pela Faculdade do Porto, rumando depois à Praça Mousinho Albuquerque onde é possível ver a Casa da Música. Daí o autocarro segue por toda a Avenida da Boavista, passando pelo Museu de Serralves até chegar à costa, nomeadamente ao Castelo do Queijo. A partir daí a paisagem muda completamente: o aglomerado urbano dá lugar a uma orla marítima belíssima que passa pelo Forte de São João da Foz até chegar de novo às margens do Douro. O trajecto leva-o depois por toda a zona ribeirinha. Sugiro que saia junto ao Palácio da Bolsa ou da Ribeira.

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Casa Barbot

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El Corte Inglês, Gaia

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Sinalização em Vila Nova de Gaia

Já o trajecto azul é mais usado para quem quer ir às caves de vinho do Porto. O autocarro passa pela ponte D. Luís I, percorre toda a zona ribeirinha de Vila Nova de Gaia, entra dentro da cidade e acaba no El Corte Inglês. O circuito, circular, antes de voltar a chegar à ponte D. Luís I ainda passa pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e Casa Barbot. Deveras agradável.

2) Caves do Vinho do Porto

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Fachada da Krohn

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Descritivo à porta

O bilhete adquirido possibilitava uma ida a uma das casas produtoras de vinho do Porto da região. Optámos pela Krohn, em Gaia. A visita às caves e as degustações são gratuitas e decorrem todos os dias, de Junho a Setembro, das 10 às 20 horas. É impressionante a explicação sobre como era outrora feito este néctar dos deuses e como a técnica ainda se mantém quase a mesma desde essa época para cá. Até as uvas, trazidas ainda pelos barcos rabelos.

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O vinho é mesmo bom

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A prova das degustações…

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Dá vontade de trazer tudo para casa

A Krohn, segundo o site oficial, «foi fundada em 1865 por dois jovens Noruegueses, Theodor Wiese e Dankert Krohn». No início, esta era uma pequena empresa, baseada na exportação de Vinho do Porto para os mercados escandinavos e para a Alemanha. Actualmente, os seus stocks de Vinho do Porto atingem mais de 5 milhões de litros e encontram-se alojados em seis caves em Vila Nova de Gaia e uma na Região Demarcada do Douro.

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As pipas com os néctares dos Deuses

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Vinho sem fim…

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A sala das degustações

A empresa possui uma propriedade chamada Quinta do Retiro Novo, situada numa das zonas mais nobres do Douro – o vale do Rio Torto. Além desta, a Krohn tem ainda fornecedores tradicionais de outras áreas da Região Demarcada do Douro a quem adquire volumes adicionais de Vinho do Porto para posterior envelhecimento e engarrafamento. A exportação, segundo a empresa, representa já mais de 90% das vendas e está principalmente direccionada para a Europa. Porém, nos anos mais recentes os mercados de outros continentes ganharam importância, sendo o Brasil e os EUA os dois melhores exemplos desta nova tendência.

3) Cruzeiro pelo Douro

Há vários tipos de cruzeiro no rio Douro. O que este bilhete contemplava era o cruzeiro das 6 pontes. O passeio inicia no cais da Ribeira e segue depois Douro acima passando pelas pontes D. Luís I, do Infante, D. Maria Pia, de São João e do Freixo, esta muito próxima do belíssimo Palácio do Freixo.

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O nosso navio

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Vistas do Porto e da Ribeira

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Ponte D. Luís I e do Infante

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Eu, no cruzeiro do Douro

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Margem ribeirinha do Porto

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Monumentos fabulosos avistados desde o cruzeiro

O cruzeiro segue depois o sentido inverso e ruma até ao local onde o Douro desagua no Atlântico, passando ainda pela movimentada ponte da Arrábida. O percurso dura em média 1 hora e acaba na margem de Gaia, oposta onde começou. O passeio vale mais pelas imagens belíssimas que proporciona do Porto e de Vila Nova de Gaia e do Douro, que banha as cidades de forma harmoniosa.

Douro Acima, a empresa do cruzeiro

Douro Acima, a empresa do cruzeiro