O novo Desporto Viajar

O destino é um detalhe. Viajar é o que realmente importa.

É impressionante o número cada vez maior de pessoas que pesquisa na Internet informações variadas sobre todos os destinos turísticos à face da terra. Procuram ser autónomas, baseando-se mais em dicas presentes em blogues online em vez de seguirem aquele turismo de agências de viagens, onde tudo é organizado previamente tornando meio impessoal a viagem de cada um. Como resposta a este fenómeno, o número de blogues online tem vindo a aumentar consideravelmente.

E é por isso que decidi eu próprio fazer mais do que aquilo que já fazia. Ter um blogue simplesmente já não me satisfazia. Queria fazer melhor. Fazer diferente dos outros. Decidi por isso dar o salto e melhorar significativamente o meu Desporto Viajar. Os números obtidos motivaram-me a isso. Em 4 anos no ar e ao fim de quase 130 artigos, 150 mil pessoas acharam, pelo menos uma vez, interessante aquilo que eu partilhava do que conhecia pelo mundo fora. Mais de 80 mil voltavam com frequência. São números deixados por visitantes de Portugal e Brasil, mas também por toda a diáspora que se encontra espalhada por esse mundo fora.

O novo Desporto Viajar continuará, ainda assim, a ser um blogue exclusivamente pessoal, embora surja agora com um design apelativo, organizado e com uma navegação mais acessível e optimizada, seja por mapa, categoria ou etiqueta. As mudanças foram feitas utilizando toda a estrutura que já existia anteriormente. Um dos grandes desafios vai passar, igualmente, e a partir de agora, pela maior participação e interacção com os leitores, além de uma divulgação mais ativa em redes sociais como o Facebook, o Instagram e o Twitter. As actualizações serão feitas semanalmente, todas as terças-feiras. É esse o objectivo a que me proponho. O design do site foi idealizado pelo Dinis Carrilho e a sua implementação esteve a cargo do Paulo Gomes.

Antes
Antes
Depois
Depois

Para já, e apesar da insegurança que se vive, infelizmente, hoje em dia, terminarei a série de publicações sobre Istambul, em stand by desde o momento em que decidi reflectir e ‘lavar a cara’ ao Desporto Viajar. Há oito meses. Muito tempo. A seguir virá, finalmente, a viagem à Tailândia, que, acredito, poderá ajudar a alavancar ainda mais o site, tornando-o numa referência cada vez maior entre os seus pares. E uma vez ou outra, intercalarei esses textos com outros de locais magníficos que tenho vindo a conhecer dadas as vantagens da profissão que tenho.

Que venha de lá essa escrita então. A partir de agora, vamos nos encontrar sempre em www.desportoviajar.com. Porque a felicidade é uma viagem, não um destino.

Lá vos espero. Até já.

Istambul: Sultanahmet I – O Palácio Topkapi

Os lugares de interesse mais importantes de Istambul estão localizados na região de Sultanahmet, bem no centro histórico da cidade. Foi aqui, no coração de Istambul, que os palácios dos imperadores foram sendo construídos durante o império Romano e os períodos Bizantino e Otomano. As maiores igrejas, as mesquitas mais gloriosas e alguns dos melhores museus de Istambul também se situam nesta área.

Vista aérea de Sultanahmet

Vista aérea de Sultanahmet

De modo a visitar pormenorizadamente algumas das melhores atracções de Istambul, como o museu de Hagia Sophia, os Museus Arqueológicos ou o Palácio Topkapi, deverá dedicar alguns dos seus dias de visita apenas e só a esta área da cidade. Vamos começar pelo Palácio Topkapi.

Vista geral do Palácio Topkapi, D.R.

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Chegando à entrada principal do Topkapi

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Imediações do Palácio Topkapi

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Entrada para o segundo pátio, portão Imperial

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Palácio Topkapi, um dos pátios interiores, portão da Saudação

O Palácio Topkapi

Localizado numa das sete colinas de Istambul, o Palácio Topkapi é seguramente o lugar histórico mais importante a visitar em toda a cidade. O local, que é igualmente um museu, é um dos mais visitados na Europa e o mais visitado na Turquia excedendo em média os 3 milhões de visitantes por ano. Circundado por muralhas, o palácio tem cerca de 5 quilómetros de extensão e uma área total duas vezes maior do que a do Vaticano. O nome actual do palácio vem dos enormes canhões localizados nos seus portões e não foi o escolhido inicialmente pelo sultão otomano que o mandou edificar em 1475, após a conquista de Istambul pelos turcos em 1453.

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Vista sobre o Corno de Ouro e Uskudar desde o Topkapi

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Corno de Ouro

Um total de 28 torres protegiam as cerca de 5 mil pessoas que viviam intra-muros, desde membros da família real, classes dirigentes, altos dignatários, soldados, criados, entre outros. Os edifícios originais foram sucumbindo ao longo dos tempos, tendo sido restaurados mais tarde. O processo explica assim a manifestação de diferentes estilos arquitectónicos no interior do Topkapi. Este é, na verdade, constituído por duas partes: uma primeira, o Enderun, era o local onde vivia o sultão e os membros da dinastia; a outra, o Birun, era o local onde residiam os importantes empregados civis que executavam todo o tipo de tarefas.

Uma visita guiada ao palácio começa forçosamente pela entrada principal onde é possível adentrar para um grande e vasto pátio. O primeiro pátio. Do lado direito deste pátio está a esquadra da polícia, as residências dos empregados do palácio, a padaria do palácio, as ruínas de um hospital e, por fim, o mar de Mármara. Do lado esquerdo está, entre outros edifícios, o do Museu Arqueológico de Istambul. Passando para lá deste primeiro pátio, damos com uma segunda porta principal. E com um novo pátio. É a partir deste que a verdadeira visita ao Topkapi começa.

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Tulipas e visitantes no primeiro pátio

  • As cozinhas e a coleção de porcelana

Localizadas na ala direita deste segundo pátio, as cozinhas eram o local onde trabalhavam mais de 1200 pessoas, 25 por cento da força laboral existente na altura no palácio. Aqui também ficavam os dormitórios dos empregados, a mesquita os banhos e a despensa. Cada uma das dez salas que formavam o edifício da cozinha era utilizado para cozinhar para pessoas de diferentes estatutos sociais. Todos os dias eram ali preparadas em média cerca de 20 mil refeições.

Pátio e cozinhas, à direita, D.R.

Cozinhas do palácio, D.R.

Grande parte deste complexo de cozinhas alberga a terceira maior coleção de porcelana em todo o mundo, constituída por mais de 12 mil peças únicas. Apenas um quarto do espólio está em exposição. As peças estão dispostas cronologicamente, começando na chinesa Dinastia Tang (sécs. VII a X) e terminando em porcelanas europeias produzidas nos sécs. XVIII e XIX. Há ainda enormes caldeirões e utensílios de cozinha otomanos em exposição, bem como objectos feitos de vidro produzidos em Istambul e presentes em prata oferecidos ao palácio.

Porcelana chinesa, D.R.

  • O Harem

O Harem era o local onde o sultão vivia com a sua família. Se no início o Harem era apenas um conjunto de edifícios em madeira sem grande significado, mais tarde este deu lugar a um grande complexo de edifícios com cerca de 300 quartos, apenas uma parte dos quais aberta a visitação hoje em dia. Para realizar essa visita, tem de estar integrado num tour guiado.

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Pátio dos Eunucos

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Harem, interior

O harem estava totalmente isolado do mundo exterior e a entrada era apenas permitida a parentes mais próximos do sultão e a todos aqueles que trabalhavam no seu interior. Não muçulmanos não tinham hipótese de lá entrar obviamente. Alguns sultões tinham relações com 4 mulheres, outros com centenas. Todas elas viviam no harem numa atmosfera competitiva, uma vez que todas queriam dar à luz o primeiro filho do sultão, tornando-se assim a sua preferida entre todas as restantes. Era a única forma de garantirem o seu futuro.

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Pátio das concubinas

Hall imperial, no Harem, D.R.

O Harem é composto por três largos pátios e pelos quartos dispostos à sua volta. Estes pertenciam à Rainha-Mãe, às mulheres do sultão, ao príncipe herdeiro, às concubinas e aos Eunucos negros, homens fortes tornados cativos durante as guerras imperiais em África, responsáveis por proteger o Harem. A visita guiada ao local leva-o a ver os quartos dos Eunucos, o Pátio dos Azulejos, a Escola do Príncipe Herdeiro, o Pátio das Mulheres do Sultão, os quartos, a cama da Rainha-Mãe, o quarto do sultão, a sala dos banhos turcos, entre várias outros.

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Mais um pátio interior no Harem, desta vez da Rainha-Mãe

O Tesouro do Império

O tesouro imperial adquirido durante a época Otomana está espalhado desde o século XVII por um vasto conjunto de edifícios tendo sido aberto à visitação do público no séc. XIX. A maioria destas obras de arte, de excepcional valor e maestria, revelam a riqueza deste império e são o resultado   do trabalho dos mestres de joalharia do palácio Topkapi.

Salas do Tesouro Imperial, D.R.

Há um trono em cada sala do tesouro. Na primeira, o trono é feito de ébano e incrustado em marfim. Nesta sala, além do trono, é possível ver, entre outros artefactos, uma bengala decorada com variadas gemas, um presente do imperador alemão Wilhelm II. Já o trono exposto na segunda sala é um trono coberto pertencente ao sultão Ahmet I. Aqui o destaque recai sobre a famosa adaga de Topkapi.

Tesouros, D.R.

Adaga de Topkapi, D.R.

Na terceira sala, o trono exposto é de madeira de nogueira coberta de placas de ouro. Nesta sala, sobressai ainda a famosa colher de diamantes e os candelabros de ouro feitos para o túmulo do profeta Maomé, cada um deles decorados com 6666 diamantes. Na última sala, há um novo trono coberto com placas de ouro e decorado com 25 mil pérolas. A riqueza dos detalhes é impressionante. Se houver tempo, não perca também a coleção de caligrafia e de pintura e a de relógios, ambas próximas da coleção de Tesouros imperiais. A primeira tem, por exemplo, cópias famosas de retratos dos sultões otomanos, enquanto a segunda tem expostos diversos relógios dos sécs. XVI a XX.

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Relógios em exposição, imagem desfocada I

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Relógios em exposição, imagem desfocada II

As Relíquias Sagradas

Ao lado da coleção dos relógios fica a sala das Relíquias Sagradas, uma das três maiores e mais valiosas coleções do Topkapi. São na verdade duas as salas onde estão expostas as várias relíquias sagradas. Na primeira estão expostas fechaduras, chaves e as espadas de quatro califas. Na segunda, há um expositor com os pertences do profeta Maomé: o seu casaco, a espada, a bandeira, o seu arco e flecha, uma pegada, um dente, pêlo da sua barba e uma carta.

Pegada de Maomé, D.R.

Casaco do profeta Maomé, D.R.

Outras salas em destaque

  1. Biblioteca do palácio: construida completamente em mármore, tem expostos cerca de 4 mil manuscritos actualmente;
  2. Pavilhão Sofá e jardim das Tulipas: do interior deste pavilhão, situado no canto do jardim, os sultões admiravam as flores deste elegante espaço verde;
  3. Pavilhão Bagdad: é uma das obras mais elegantes da arquitectura Otomana do séc. XVII com os seus azulejos azuis, cúpula dourada, armários de marfim e carapuça de tartaruga;
  4. Pavilhão Mecidiye: foi o último edifício a ser construído antes de o palácio ser abandonado.

Edifício da biblioteca, D.R.

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Pavilhão Sofá, interior

Pavilhão Bagdad

Pavilhão Bagdad

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Pavilhão Bagdad, interior, repleto de bonitos azulejos azuis

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Vistas da cidade junto do pavilhão Bagdad

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Terraço e jardins, junto do pavilhão Bagdad

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Quiosque junto ao pavilhão Bagdad

Informações úteis:

  • Aberto diariamente, à excepção das Terças-Feiras, das 9 às 16:45h no Inverno;
  • Os bilhetes custam 30 TL. A entrada no Harem é paga à parte e custa mais 15 TL;
  • Não é permitido tirar fotos no interior, nem levar carrinhos de bebe para o interior das salas;
  • É possível comprar audioguias à entrada;
  • Mais informações, aqui.

Istambul: Gálata e Taksim

A torre de Gálata, a rua pedonal Istiklal Caddesi e a emblemática praça Taksim são os locais mais representativos de toda a região de Gálata e Taksim, situada numa das partes europeias da cidade de Istambul. No passado, toda esta área esteve sob o domínio dos genoveses e venezianos, embora os Otomanos tenham depois tomado a região aos Bizantinos. É a partir dessa altura que a zona de Gálata e de Taksim se torna uma das localizações privilegiadas na cidade para mercadores europeus e embaixadores.

Este trio emblemático de coisas a ver na região dominou a minha atenção na primeira tarde e noite que passei em Istambul, tendo em conta a localização próxima do meu hotel que ali me permitiria chegar bem rápido e a pé.

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Imediações do hotel, zona de Gálata

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Imediações do hotel, zona de Gálata

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A Torre de Gálata, vista de perto

Torre de Gálata

A torre nas encostas de Gálata é visivel um pouco por toda a cidade. Os seus 61 metros de altura fazem-se impor onde quer que estejamos. Foram eles que me orientaram na minha primeira incursão por Istambul, feita sem recurso a mapa. Do seu topo, acessível por elevador ou escadas, as vistas são espectaculares, qualquer que seja o ângulo de visão obtido. O terraço panorâmico oferece bonitas vistas sobre o Bósforo, o Corno de Ouro e o Mar de Mármara. As fotos abaixo são bem elucidativas disso.

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Vistas do topo da torre de Gálata I

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Vistas do topo da torre de Gálata II

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Vistas do topo da torre de Gálata III

Vistas do topo da torre de Gálata IV

Vistas do topo da torre de Gálata IV

A actual torre foi construída entre 1348/49 pelos genoveses como parte do seu sistema muralhado defensivo. Nessa altura, a torre era conhecida como ‘Torre de Jesus’. No período Otomano, esta foi porém utilizada como prisão, armazém, farol e torre de observação de incêndios na cidade e seus arredores.

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Interior da torre I

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Interior da torre II

Da torre de Gálata à rua Istiklal Caddesi há duas formas de chegar: a pé, galgando degraus e mais degraus numa rua de acentuada inclinação, ou utilizando o funicular do Túnel, que é possível apanhar desde Karakoy. Para não ter voltar para trás, já que tinha acabado de visitar a Torre de Gálata, optei pela primeira opção.

Rua Istiklal Caddesi

A rua que liga o bairro de Gálata à praça Taksim é a Istiklal Caddesi. Ali, os pedestres podem deliciar-se com uma vastidão de cafés, lojas, monumentos e passagens, algumas delas introduzidas no virar do século pelo comércio vindo do ocidente, sem terem de se preocupar com a azáfama do trânsito caótico que ensombra todo o resto da cidade. Só o velhinho elétrico que faz a transferência de passageiros desde o Túnel à praça Taksim pode por ali andar.

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Istiklal Caddesi I

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Iguarias turcas na Istiklal Caddesi

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Arquitetura na Istiklal Caddesi

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Edifícios na Istiklal Caddesi

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O velhinho eléctrico

Mais do que pelo consumo, deve conhecer a rua quando estiver em Istambul para ver bonitas fachadas de edifícios, como a do consulado da Suécia, Dinamarca e Rússia, e igrejas, como a italiana de Santo António. De estilo neo-gótico, esta igreja católica é a mais importante numa cidade dominada pelos minaretes de incontáveis mesquitas. Também merece destaque o hotel mais velho da cidade, o Pera Pala.

Há ainda mais alguns lugares interessantes para ver, nomeadamente o Liceu (Galata Lisesi), os Correios (cujo edifício é de 1875), a passagem Cicek, com múltiplas opções de restaurantes e uma decoração para lá de luxuosa e bonita, o mercado da comida e o Galatasaray Hamami, um típico e histórico banheiro turco. Lugares de interesse na rua não vão faltar, bem como opções várias de como e onde gastar o seu dinheiro. As animações de rua também são ali frequentes.

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Passagem Cicek

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Interior da Passagem Cicek

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Multidões na rua Istiklal Caddesi

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Animações de rua na Istiklal Caddesi

Percorrer toda a Istiklal Caddesi levou algum tempo até chegar à emblemática praça Taksim. Estávamos na altura com algum receio de a irmos conhecer porque apenas algumas semanas antes tinham acontecido ali as manifestações cujas imagens correram mundo. Meio que a medo, lá fomos explorando tudo aquilo que a praça tinha para nos proporcionar, já ao cair da noite.

Praça Taksim

A praça Taksim deve o seu nome ao edifício onde é administrada a distribuição de água pela cidade, este situado bem junto da rua Istiklal Caddesi. A praça, que é tradicionalmente o local onde se testemunham ao longo dos tempos múltiplas manifestações e encontros políticos, tem no seu centro o Monumento da República, simbolizando a guerra pela independência e a instauração da República. A praça é por isso um dos centros mais activos da cidade, testemunhando também a passagem diária de centenas de pessoas em direcção aos vários bairros comerciais de Istambul.

Praça Taksim

Praça Taksim

Na outra ponta da praça, no lado oposto à rua de pedestres Istiklal, fica o Centro Cultural de Ataturk com salas para concertos, espectáculos e cinema. Junto à praça Taksim fica também o Hotel Marmara e um parque enorme.

A rua larga que parte de Taksim em direcção ao norte leva-o por sua vez ao Hilton, o primeiro hotel de cinco estrelas em Istambul, e ao museu Militar, um dos melhores na cidade. Criado em 1959, o espaço museológico reúne armas, uniformes, armaduras e outros materiais usados pelo exército em diversas guerras no passado. A Igreja Trias, de uma só cúpula e com duas torres de sino, erguida em 1880, também pode ser vista se seguir a rua situada à esquerda da praça Taksim.

Praça Taksim, vista aérea, D.R.

Praça Taksim, vista aérea, D.R.

Informações úteis:

  • Torre de Gálata: preço 30 LT. Aberta todos os dias, à excepção das terças-feiras. Abre diariamente às 9 horas encerrando às 16:45 nos meses de Inverno. No Verão, o encerramento é às 18:45.

Istambul: Uma viagem imprevista

Estruturar toda uma viagem para o estrangeiro é uma das partes divertidas da própria viagem em si. Ficamos a conhecer mais o sítio para onde vamos, planeamos o roteiro, tratamos das formalidades, sonhamos com os dias que virão. Mas quando uma viagem é esboçada a tão poucos dias da partida de facto aí o caso muda de figura. Foi o que aconteceu em Junho de 2014 quando eu e uma amiga bloqueámos uma ida de cinco dias até Istambul a apenas duas semanas da data de partida. Uma loucura diriam uns. Uma aventura digo eu. Que acabou por correr bem.

Nesse ano, por ter começado a trabalhar numa nova empresa, não me foi dada oportunidade para marcar previamente as férias. Quem decidiu as datas de pausa foi a empresa consoante as sua disponibilidades de então. Compreensível. Foi assim que vieram as duas semanas em Junho do ano passado. Desolado por não ter com quem viajar, uma vez que não houve conjugação antecipada dos períodos de ferias, desabafei com uma amiga sobre o facto. Por coincidência, ela teria de marcar férias ainda e pediu o mesmo período que eu a fim de fazermos algo juntos. Depois do aval da empresa dela, foi só decidirmos o destino.

Até à última hora, ficámos indecisos entre Praga e Istambul. Sempre quis fazer um circuito pela Turquia que não se circunscrevesse apenas e só a Istambul. Por isso fiquei sempre um pouco reticente em apenas ir à Turquia só para ver a cidade. Não era bem o que tinha planeado. Mas acedi ao desejo da minha amiga em pisar pela primeira vez um país muçulmano (eu já tinha estado no Egito) e lá fomos então parar a Istambul. E a bom ver posso sempre regressar ao país para conhecer o que ainda não conheci. Nessa altura vou aproveitar para rever Istambul.

Foi uma correria para planear a viagem. Basicamente, todas as informações que precisava saber para ir compilei-as para os leitores no anterior post aqui do blog. Como referi anteriormente, optámos por fazer a viagem de avião com a Lufthansa, via Munique, na ida e na volta, e não directamente na Turkish Airlines devido à diferença brutal de preço. A companhia aérea alemã pedia quase menos trezentos euros por pessoa do que a turca. É muito dinheiro. E os horários também eram melhores. Partíamos mais cedo e, apesar da escala de duas horas em cada sentido, também chegaríamos mais cedo a Istambul podendo ainda aproveitar qualquer coisa do primeiro dia para passear. E assim foi.

Escala em Munique, voos da Lufthansa

Escala em Munique, voos da Lufthansa

A viagem com a Lufthansa:

O dia da viagem chegou cedo. Passava pouco tempo depois das 5h da manhã e já tínhamos o check-in feito em Lisboa até Istambul, o nosso destino final. O primeiro trecho da viagem de avião passou rapidamente, sem grandes motivos de interesse para aqui contar. Foi servido um pequeno-almoço quente a bordo e o avião, um Airbus A321, estava quase cheio.

Chegados a Munique foi difícil passar pelo ‘Conection Center’ dada a quantidade de voos a chegar à mesma hora, muitos deles vindos do continente americano com passageiros a quererem chegar rapidamente às suas respectivas salas de embarque. O nosso tempo de conexão foi de pouco mais de duas horas.

Flight Conection Center, aeroporto de Munique

Flight Conection Center, aeroporto de Munique

Pontualmente à hora marcada, um novo Airbus A321 descolou de Munique em direcção a Istambul. Desta vez, foi servido a bordo um almoço quente. Por ser comissário de bordo, pedi no check-in em Lisboa lugares junto a uma das saídas de emergência para os dois trajectos.

Almoço quente servido a bordo na Lufthansa

Almoço quente servido a bordo na Lufthansa

Chegados ao aeroporto de Ataturk em Istambul, passámos rapidamente pela imigração onde os nossos vistos e identidades foram controladas. Junto aos tapetes de recolha de bagagem, tive a única surpresa desagradável da minha viagem a Istambul: a minha mala não apareceu. Estava perdida, algures. A da minha amiga tinha chegado incólume até ao seu destino final. A minha nem vê-la.

Aflito, fui ao ‘Lost & Found‘ contactar com o agente local que prestava auxílio à Lufthansa naquela escala. A bagagem tinha ficado em Munique e por uma razão que até hoje desconheço não tinha embarcado comigo no meu voo. Os funcionários garantiram então que as minhas malas seguiriam ainda no segundo voo do dia de Munique para Istambul e ofereceram-me a possibilidade de fazer chegar as malas, sem mais chatices, até ao meu hotel. Dei a morada e, apesar da angústia grande por não ter a mala comigo, esta lá foi parar à recepção do hotel como combinado. Para aguentar a primeira noite na cidade, a Lufthansa deu-me um daqueles kits básicos de higiene composto por escova e pasta de dentes, after shave, champô e uma pequena amostra de perfume.

Como sair do aeroporto até ao centro/hotel:

Depois de resolvido o problema da bagagem, decidimos apanhar o metro desde o aeroporto até à estação mais próxima do nosso hotel. Já tinha feito o trabalho de casa e sabia bem como chegar ao local que pretendíamos. Dirigimo-nos então à estação Havalimani (linha de metro vermelha ou 1A) no aeroporto.

Caminhando em direcção ao metro

Caminhando em direcção ao metro

Uma vez aí chegados, comprámos o Istambul Kart, um cartão que, mediante o número de viagens carregadas, nos permitiria andar sem restrições e perdas de tempo em toda a rede de transportes públicos da cidade. A opção é bem mais prática do que ter de comprar uma viagem cada vez que se utiliza a rede de transportes. E um só cartão permite a sua utilização conjunta por até 5 pessoas. Para ter o cartão, é preciso pagar uma taxa de 10 TL e carregar, em seguida, com o número de viagens requeridas. Cada viagem tem tradicionalmente o custo de 2TL, mas com o novo cartão esse preço é de 1,95TL.

Dentro do metro

Dentro do metro

Apanhámos em seguida o metro e saímos na estação Zeytinburnu com o objectivo de apanhar o Tramvay 1 (linha azul escura) até à nossa estação final, Karakoy. O trajecto é extenso. 20 paragens depois chegávamos à estação requerida, a primeira logo após a Ponte de Gálata. Pelo caminho conseguimos ver pela primeira vez a Mesquita Azul, Hipódromo e Hagia Sophia, uma vez que o trajecto nos levou bem ao coração do centro histórico de Istambul, Sultanahmet.

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Trajecto de transporte público até ao hotel

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Chegando pela primeira vez a Sultanahmet

Apesar de sermos dois apenas a viajar, foi necessário gastar no total 4 viagens do Istambul Kart (duas por pessoa), porque o sistema considera que, por ter havido transfer de um transporte para o outro, os trajectos são distintos e não complementares um ao outro.

Já no hotel:

Achar o hotel, apesar de próximo da estação (2/3 minutos a pé), foi um pouco complicado, devido ao tráfego intenso na zona. O hotel Gálata Palace está escondido numa rua estreia e quase pedonal. Ultrapassado o pequeno problema, fizemos rapidamente o check-in, onde tive oportunidade de explicar que a minha mala seria entregue na recepção do hotel no dia seguinte, a meu pedido.

O meu hotel

O meu hotel

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O quarto do hotel

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Chuveiro do quarto do hotel

Instalámos-nos no quarto, tomámos um duche refrescante e saímos para explorar a região de Gálata e Taksim como tínhamos previsto. Os empregados do hotel tiveram, contudo, a cortesia de nos oferecer um chá de maçãs turcas antes de nos aventurarmos pela primeira na cidade. Um gesto extremamente amável e reconfortante.

O tal chá de maçãs turcas

O tal chá de maçãs turcas

Istambul: Informações práticas da cidade antes de ir

Bem-vindos a Istambul, Turquia

Bem-vindos a Istambul, Turquia

Harmonia é a palavra que melhor caracteriza Istambul. Nem sei se existe outra que defina tão bem aquela que é a maior e mais conhecida cidade da Turquia, a única no mundo situada em dois continentes. Ali, a Europa e a Ásia andam de mãos dadas, gerando um encontro único entre o Ocidente e o Oriente, com diferentes culturas e religiões a criarem uma ligação única, de características similares. Tudo ali convive graciosa e harmoniosamente.

Outrora conhecida por Bizâncio, nome derivado do seu fundador, e por Constantinopla, graças ao Imperador Constantino, Istambul só ganhou o nome actual depois da sua conquista pelos Otomanos. A grande metrópole também já foi no passado capital da Turquia, tendo perdido o posto para a atual Ankara, em 1923, quando a moderna república passou a existir. As mudanças têm feito da cidade uma das mais populosas da Europa, estimando-se que a sua população actual, quase a atingir 20 milhões de pessoas, duplique a cada dezena e meia de anos.

Graças a esta sua localização estratégica, em ambos os lados do estreito do Bósforo, Istambul sempre teve ao longo dos tempos uma grande importância geo-politicamente. Hoje em dia, a cidade deve ser entendida e visitada tendo em conta três regiões distintas. Duas europeias, separadas entre si pelo chamado Corno de Ouro, e uma asiática. As duas primeiras, designadamente a região de Gálata (Beyoğlu) e a península histórica de Sultanahmet (Fatih), situadas numa das margens do Bósforo, atraem mais pela sua história, comércio e negócios. A asiática (Üsküdar), no outro lado do estreito, tem um cariz mais residencial.

Esta beleza histórica e natural, aliada a um clima moderado, vida nocturna activa, gente encantadora e gastronomia excelente, faz de Istambul destino atractivo para os turistas actualmente. E são quase 4 milhões de visitantes por ano. Como poderia uma cidade com todos estes atractivos não ser, em jeito de conclusão, bela e fascinante?

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Vista de Sultanahmet desde a região de Gálata

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Vista do Bósforo desde o Palácio Topkapi

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Chegando à Mesquita Nova, região dos Bazares, Fatih

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Ponte do Bósforo

Mapa de Istambul: regiões europeias à esquerdas, separadas pelo Corno de Ouro, e parte asiática à direita

Mapa de Istambul: regiões europeias à esquerda, separadas pelo Corno de Ouro, e parte asiática à direita

Como ir:

Há imensas opções desde Portugal para chegar ao principal aeroporto (Ataturk) a servir a cidade de Istambul. Com a Turkish Airlines, há dois voos que ligam diariamente a cidade turca a Lisboa, a saírem da capital portuguesa respectivamente às 11.30 e às 15.45. A partir do Porto, também há quatro frequências semanais com a mesma companhia aérea, nomeadamente aos Sábados, Domingos, Terças e Quintas-Feiras. Os preços rondam os 350 euros e a viagem é de, aproximadamente, 4h30. Também há possibilidade de comprar um bilhete de avião com a TAP Portugal que o colocará num voo operado pela Turkish Airlines, Lufthansa, entre outras. Como o meu bilhete de avião foi comprado com pouca antecedência, optei por viajar com a Lufthansa, via Munique, nos dois sentidos. Quatro viagens bem tranquilas, com bom serviço a bordo, realizadas em A321, e a preço baixo. Também é possível fazer a viagem através da Ibéria, via Madrid, British Airways, por Londres, KLM, parando em Amesterdão, ou Air France, indo a Paris. Naturalmente existirão mais opções de viagem, mas não as vou contemplar todas aqui, por motivos óbvios.

Escala em Munique, voos da Lufthansa

Escala em Munique, voos da Lufthansa

Visto de entrada:

Ninguém pode entrar na Turquia sendo português sem a obtenção de um visto prévio à sua chegada. O visto só se pode obter electronicamente, na Internet, acedendo ao site https://www.evisa.gov.tr/en/. Basta ter consigo o seu passaporte e cartão MB. Depois é só introduzir o dia da sua chegada e o visto fica automaticamente válido por 90 dias. Se houver alterações nessa data terá de ser fazer um novo visto. Não pode alterar o anterior. Depois basta só preencher o formulário com os seus dados oficiais e confirmá-los. Vai receber um email gerado automaticamente a pedir a sua aprovação ao visto, sendo depois necessário pagá-lo. Na data que obtive o meu, Maio de 2014, o custo era de 15€. Uma vez submetidos os dados do seu cartão MB e confirmado o pagamento, vai receber no seu email o visto em formato PDF. Imprima-o, guarde-o, leve-o consigo durante toda a sua viagem a Istambul e apresente-o às autoridades turcas, no aeroporto. O processo é simples e não deve demorar mais de dez minutos.

Visto para a Turquia, exemplo retirado da Internet, D.R.

Visto para a Turquia, exemplo retirado da Internet, D.R.

Roteiro de visita:

Não aconselho a visitar Istambul em menos de três dias. Apesar de a maioria dos seus monumentos e locais de interesse estar relativamente próxima, existem imensos turistas em todo o lado, gerando filas de espera de às vezes muitas horas. É um tempo precioso perdido com o qual tem de contar na sua visita à cidade. Reserve, portanto, cinco dias para conhecer bem Istambul na sua primeira visita. Instale-se no centro, ou na zona de Sultanahmet ou na região de Gálata/Beyoğlu. Há coisas que tem mesmo de visitar.

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İstiklâl Caddesi, à noite

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Mesquita Azul

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Spice Bazaar

Eis o meu roteiro de visita, extenuante, na primeira vez que lá estive:

  • Dia 1 – Viagem / Chegada ao aeroporto e deslocação para hotel / Região de Gálata e Taksim (Ponte de Gálata, Torre de Gálata, rua pedonal İstiklâl Caddesi e praça Taksim);
  • Dia 2 – Sultanahmet – visita ao Palácio Topkapi e Museus Arqueológicos de Istambul. À noite, tempo para assistir a um espectáculo dos Dervixes rodopiantes;
  • Dia 3 – Sultanahmet – dia para explorar Hagia Sophia, Mesquita Azul, Hipódramo e Cisterna de Yerebatan;
  • Dia 4 – Kabataş e Fatih: de manhã ida até ao palácio Dolmabahçe e, em seguida, tempo para a explorar a região dos Bazares, nomeadamente a Mesquita Nova, Spice Bazar, Grand Bazar e a Mesquita Süleymaniye;
  • Dia 5 – Cruzeiro pelo Bósforo acima até à localidade de Anadolu Kavağı, junto ao início do Mar Negro. Final de tarde passado no café Pierre Loti, na zona de Eyüp;
  • Dia 6 – Regresso, de manhã.
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Mesquita Süleymaniye

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Grande Bazaar

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Cruzeiro no Bósforo

Melhor altura para visitar:

As melhores alturas para visitar Istambul são na Primavera, entre Abril e Junho, e no Outono, de Setembro até Novembro. As temperaturas são amenas, os dias solarengos e o turismo na cidade não está no seu auge permitindo visitas mais calmas e menos demoras. No verão, a cidade enche-se de festivais e milhares de turistas, transformando o turismo numa tarefa hercúlea, também devido às altas temperaturas que se fazem sentir. No Inverno, apesar dos poucos turistas, tem de contar com temperaturas abaixo de 0 graus e, por vezes, neve.

Moeda local:

A moeda local é a Lira Turca (TL). Ao câmbio do dia de hoje, 1€ equivale a 3,35 TL. Pode trocar euros em Istambul, embora o desaconselhe a fazer no aeroporto e em zonas mais turísticas na cidade, nomeadamente em Sultanahmet. Optei por trocar euros por liras turcas no aeroporto de Lisboa, embora depois tivesse de fazer novos saques em Istambul. O procedimento é fácil porque há um bom número de ATM’s em toda a cidade.

Moeda local

Moeda local

Onde ficar:

Istambul tem uma enorme oferta de hóteis, em todas as zonas da cidade e, naturalmente, para todas as carteiras. Perca tempo, contudo, a escolher bem a região onde se vai instalar. Se ficar no centro histórico, na parte europeia da cidade, em Sultanahmet, ganha pela proximidade dos locais mais históricos. Mas também vai pagar mais para se alojar, bem mais. Uma boa alternativa poderá ser a região de Gálata, igualmente na parte europeia da cidade. Esta, apesar de um pouco mais longe da zona dos bazares ou Sultanahmet, é bem servida de transportes públicos, com boa frequência de horários e de estações. Sugiro ver o mapa acima neste post para melhor se localizar.

Optei por ficar na zona de Karaköy, junto à ponte de Gálata, bem no centro da zona europeia de Istambul. Do meu lado a norte, estava Gálata, Kabataş, Besiktas e Taksim. A sul, Sultanahmet, Fatih e Eminönü. Considero ter feito uma opção acertada não só porque foi fácil chegar ao hotel vindo do aeroporto, mas também porque diariamente me deslocava com facilidade para todas as zonas da cidade de transporte público. Fiz de novo uma reserva pelo booking.com e desta vez o hotel seleccionado foi o ‘Galata Palace Hotel’. Apesar de ter uma boa pontuação no site, depecionei-me com as suas instalações, atendendo ao pouco isolamento acústico dos quartos e à sua constante iluminação, inclusive de noite, uma vez que estes não têm persianas. O pequeno-almoço também não era grande coisa. Valeu a sua localização soberba e o seu preço atraente para quatro noites.

O meu hotel

O meu hotel

O Islão e como se comportar:

A população de Istambul, apesar de muçulmana, convive bem com outras religiões. Não são tão radicais, consomem bebidas alcóolicas (principalmente cerveja), não têm uma postura tão autoritária relativamente às mulheres e são tolerantes com tudo no geral. Este é um diferencial bastante grande face ao Egito, o outro único país muçulmano onde estive até então. Claro que isto não é motivo para as mulheres saírem na rua, por exemplo, com mini-mini saia ou outro tipo de decores em excesso. Também os carinhos excessivos em público devem ser evitados. Trata-se de uma mera questão de bom senso.

Tradição e modernidade

Tradição e modernidade

O acesso às mesquitas de Istambul obedece, ainda assim, às mesmas regras de outras mesquitas em outros países. É preciso ter os ombros, braços e pernas cobertas e, tanto homens como as mulheres, descalçarem-se à entrada. Na prática, respeitar a religião dos outros, tal como gostaríamos de ser respeitados se estes nos visitassem.

Para entrar nas mesquitas, a saber

Para entrar nas mesquitas, a saber

Os sapatos ficam à entrada

Os sapatos ficam à entrada

Visitei o país numa altura em que se questionava a crescente política de islamização do primeiro-ministro Erdogan. Apesar dos confrontos em Taksim terem acontecido alguns dias antes da minha visita, tive novamente sorte e não encontrei nem tumultos nas ruas nem em momento algum me senti inseguro. Estas políticas de islamização crescentes ou tentativas não devem ter, contudo, muito sucesso porque o sentimento de república está há muito enraizado na sociedade turca. Ficam, ainda assim, algumas luzes sobre o Islamismo:

  • A palavra Islão em Árabe significa Paz e Submissão. Submissão total a um Deus Único para que seja possível alcançar a paz na vida após a morte;
  • Este Deus Único é incomparável, sendo o criador e aquele que olha por todo o Universo;
  • O Islão é, pois, a religião baseada na existência de apenas um Deus e das ‘linhas-mestras’ por ele revelada aos Profetas;
  • Moisés, Salomão e Jesus são, apenas, alguns desses profetas.
Altura de visitar Istambul no blog. Vamos?

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